Desenvolvimento
A Cepal e o debate sobre o desenvolvimento Latino-americano – uma introdução
Autor: Saylon Alves Pereira
julho / 2017
Por que os países da América Latina são pobres enquanto os países da Europa e Estados unidos são ricos? De que forma os países latino-americanos podem superar as dificuldades econômicas e sociais que possuem? Quais as características dessas dificuldades? Foram perguntas como essas que motivaram a criação da Cepal em torno dos anos 1950 – Comissão Econômica para o Desenvolvimento da América Latina –, cujo objetivo era entender a condição e características dos países do terceiro mundo e propor alternativas para que pudessem alcançar o desenvolvimento. Enfrentando com profundidade esse desafio, a Cepal produziu importantes diagnósticos, até então desconhecidos, sobre o funcionamento das dinâmicas econômica locais, regionais e globais, bem como dos seus efeitos sobre os países do terceiro mundo; que reorientaram as práticas adotadas por esses países e também os fundamentos do pensamento econômico e social vigente à época. Tais contribuições criaram uma nova agenda de pesquisa, metodologias e também novas perspectivas que produziram efeitos tanto no planejamento econômico dos países, quanto na produção intelectual da teoria econômica e social sobre a realidade do subdesenvolvimento. As ciências sociais também sofreram influência direta desse processo, constando no rol de interlocutores das teorias cepalinas importantes sociólogos, que colocaram o desenvolvimento como um dos importantes objetos de estudo da sociologia. Dai a importância de conhecer um pouco da história e dos principais conceitos que estruturaram o pensamento da Cepal e marcaram uma inflexão e contraponto histórico aos pressupostos da teoria econômica e social da época de sua criação.
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