USP ensina Sociologia

Religião

Secularização, laicidade e liberdade religiosa

Autor: Liam Correia Inkpin

dezembro/2019

No presente trabalho, farei uma breve revisão do debate bibliográfico em Sociologia e Antropologia a respeito dos efeitos do paradigma da laicidade e da secularização. Para isso, retomo a contribuição de Peter Berger em O Dossel sagrado (1985), na qual o autor prevê um cenário de privatização da religião, a qual se ausentaria da esfera pública e passaria a residir puramente no terreno privado da liberdade individual. Em seguida, apresento alguns teóricos que contestaram suas análises, demonstrando empiricamente que a secularização promoveu a multiplicação de atores religiosos nas disputas públicas e o acirramento da disputa religiosa.

Texto - Atividades didáticas

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Pensando o Brasil sociologicamente a partir da religião: discussões contemporâneas sobre o catolicismo brasileiro

Autora: Olivia Forat Montero

dezembro/2017

A religião é uma questão fundamental para as ciências sociais desde sua origem. Todos os autores fundadores da sociologia e antropologia se debruçaram sobre ela, e o impacto destes estudos sobre suas teorias de modo geral não pode ser subestimado. Nos casos de Durkheim e Weber, por exemplo, As Formas Elementares da Vida Religiosa e A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (respectivamente) são obras paradigmáticas dos autores. O modo como os clássicos abordam – e, anterior e principalmente, constroem – o problema da religião nos dá uma chave essencial para a estrutura de suas teorias. Nas palavras de Hervieu-Léger e Willaime na introdução de seu livro Sociologies et religion (2001): “reler os clássicos desde o ângulo de sua análise dos fatos religiosos tem aliás se revelado uma maneira excelente de entrar em sua problemática geral e expor seu método” (p. 2).

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Sociologia da Religião: uma abordagem para o Ensino Médio

Autor: Marcus Vinicius Santos Repa

dezembro/2017

O estudo sobre religião passou por diferentes momentos na análise sociológica, sendo, posteriormente, um tipo de pesquisa mais detido sobre as conduções de vida na sociedade moderna racionalizada. Nesse sentido, os primeiros teóricos sociológicos, isto é, Karl Marx (1818-1883), Émile Durkheim (1858-1917) e Max Weber (1864-1920), debruçaram-se em tais exames buscando a religião como fonte interpretativa das relações sociais e sua figuração à sociedade de suas épocas. Na contemporaneidade, os teóricos da sociologia da religião pautaram seus trabalhos nas abordagens sobre os novos movimentos das religiões,  ou seja, suas relações com a política, mudanças propostas pela secularização, atividades de organização desses grupos e confissão religiosa nos espaços públicos(Willaime, 2012).

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Visão Sociológica do Espiritismo Kardecista: Tolerâncias e intolerâncias em ambientes de práticas do espiritismo kardecista
Autor: Sebastião Antunes Ribeiro Filho

dezembro/2014

Tolerância e intolerância são dicotomias sociais seculares. Quando religiosas, extrapolam a história diacronicamente e podem ser encontradas simultaneamente na diversidade das crenças. As religiões chamadas de possessão (umbanda, candomblé, espiritismo, etc.) têm sido motivos de intolerância pela comunidade religiosa cristã, seja ela católica, evangélica, protestante, pentecostal ou neopentecostal.  Sob a perspectiva do espiritismo kardecista, doutrina que se assume cristã, pode ser que essas situaçõesestejam estruturadas de maneira diferente. Entender o espiritismo kardecista, uma doutrina filosófica espiritualista que nasce na França do século XIX esua legitimaçãono Brasil, só é possívelse aceitarmos uma religião desprovida de hierarquias, ritos, dogmas e igrejas, requerendo um exercício de compreensão e, porque não dizer, de tolerância também. Em seus ambientes de práticas espíritas, é possível que o espiritismo kardecista apresente, além de eventuais situações de intolerâncias religiosas, tão comuns nas instituições desse meio,evidências de que a prática da tolerância entre seus frequentadores e as demais religiões, seja mais comum do que se pensa ou se sabe. Pelo menos na sua estrutura doutrinária e institucional. A opção pela ótica do espiritismo kardecista, neste trabalho, deveu-se ao fato da conjugação deste se assumir como cristão, por ser considerada uma religião de possessão e por defender um postulado repudiado por todas as demais: a reencarnação. A pesquisa em literatura específica sobre o assunto, documentos constituintes, teses acadêmicas e internet formaram o método de trabalho utilizado.

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O budismo como religião mundial: uma análise sócio-histórica weberiana
Autor: Herber Fernandes Pinheiro

dezembro/2013

O sociólogo alemão Max Weber (1864-1920) produziu uma obra consideravelmente extensa e variada. Resumidamente, poderíamos classificá-la em quatro grandes categorias: os estudos de metodologia, crítica e filosofia, que tratam dos fundamentos teóricos das ciências humanas; as obras propriamente históricas; sua obra-prima, o tratado de sociologia geral Economia e sociedade; e, por fim, os trabalhos de sociologia da religião. É a partir destes trabalhos, acerca da sociologia da religião de Weber, que iremos, no texto que segue, expor a forma como o Budismo se apresenta como uma das religiões mundiais estudadas pelo autor.

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